domingo, 5 de janeiro de 2014

Outros causadores das dificuldades de Aprendizagem



Além de certos elementos, como as


disfunções cerebrais, os problemas genéticos, o baixo QI, deficiências visuais e

auditivas, problemas motores, questões alimentares e outros, existem determinados

componentes ligados ao processo de ensino-aprendizagem que são causadores em

potencial de dificuldades encontradas pelos indivíduos em qualquer faixa etária. Tais

componentes fazem com que o ato de aprender seja complicado tanto para crianças que

possuem os distúrbios até aqui tratados como para as que, juntas dos adolescentes e

jovens que se apresentam fisicamente normais, não são afetadas por características

genéticas ou outros problemas.

Aqui discutiremos


causas das dificuldades de

aprendizagem de maneira mais ampla, através da abordagem de aspectos estruturais

globais e locais que são capazes de causar impactos no processo de ensino-aprendizagem,

como as características da educação e os conflitos da família brasileira, a

formação dos educadores, entre outros. Embora todos esses fatores estejam intimamente

ligados, eles serão, a partir desse momento, abordados em suas particularidades.
 
 
A Educação Brasileira
 
 
A educação brasileira é conhecida,

de maneira geral pela população, como

sendo deficiente em diversos âmbitos. No

entanto, sabe-se da sua fundamental

importância para o desenvolvimento dos

cidadãos de forma individual e, também,

para o desenvolvimento da nação como um

todo. A apreensão do conhecimento não é apenas requisito para alcançar uma vaga no

mercado de trabalho, mas é também fundamental para o enriquecimento cultural, para a

realização de transformações sociais efetivas, a valorização da ética e da moral e a

construção da cidadania.

Embora tenha melhorado com o passar dos anos, ao analisar o histórico de

desenvolvimento da educação no Brasil, pode-se perceber que a preocupação com as

suas melhorias, bem como com a democratização do ensino e o consequente acesso a

ele por uma quantidade infinitamente maior de pessoas, é relativamente recente. Há

algum tempo, apenas uma parcela ínfima da sociedade, pertencente à elite social

brasileira, tinha possibilidades de acesso à educação.

A democratização do ensino, embora seja algo positivo e de progresso, fez com

que, em pouquíssimo tempo, a educação tivesse que atender a uma quantidade imensa

de alunos. Essa necessidade repentina fez com que os sistemas educacionais não fossem

capazes de oferecer vagas nas escolas e, ao mesmo tempo, manter a qualidade do

ensino.

Essa experiência não muito longa acarreta, também, em dificuldades para a

tomada de decisões, como o quanto se deve investir na educação, quais são suas

prioridades e os problemas que precisam de uma solução com mais urgência, quais os

melhores métodos a serem aplicados no processo de ensino-aprendizagem e muitas

outras.
 
Quando comparado a outros países, tem-se que o Brasil é uma das nações que

mais investe na área da educação. Existe uma divergência entre profissionais desta área

quanto a isso. Uma parcela deles acredita que os valores destinados à educação são

insuficientes e deveriam ser aumentados, enquanto a outra tem a opinião de que os

valores estão adequados, mas o país, devido à sua inexperiência, não sabe como

aproveitar da melhor forma tais verbas. De qualquer forma, independente de qual

postura esteja correta, o que se apresenta é uma educação deficiente e carente de

melhorias.

Como já foi citado, o Brasil descobriu tarde a necessidade de se investir na

educação. Porém, esse cenário é ainda mais prejudicado pelo fato de que, mesmo após

essa descoberta, o país ter demorado décadas para tomar alguma atitude nesse sentido.

Além de verbas, é necessário tempo para que se possa desenvolver qualitativamente. O

aperfeiçoamento do processo de ensino exige análises, pesquisas e experiências capazes

de mostrar quais são as melhores metodologias para lidar com a educação brasileira,

afinal, apesar de ter investido na educação, o país continua apresentando ainda hoje

altos índices de analfabetismo. É ilusão pensar que nossos problemas se resolvam

apenas com capital, pois é preciso muito trabalho para realizar grandes transformações.

Isso mostra que o Brasil pode ter aprendido a gastar, mas ainda tem que descobrir a

ensinar efetivamente.

Essa deficiência não se limita ao ensino público, abrangindo também as escolas

privadas. Isso porque, apesar de possuírem mais recursos e verbas para destinarem ao

seu próprio desenvolvimento, são obrigadas a seguirem os programas educacionais do

governo no que diz respeito à estrutura das séries, aos critérios de aprovação e

reprovação de alunos, aos conteúdos programáticos e outros que também são deficientes

e se constroem de características insuficientes para o ensino de qualidade.

Nas instituições de ensino públicas, o problema é ainda mais complexo. Além de

possuírem os obstáculos encontrados pelas escolas privadas, elas também precisam lidar

com um número insuficiente de professores e outros profissionais, materiais

inadequados, péssimas condições físicas, ausência de recursos, ausência de suporte para

as crianças que possuem necessidades especiais e muito mais.
 
Além dessas questões não serem consideradas como prioridades para o poder

público, a educação pode ser caracterizada como tecnicista e desligada da realidade, ou

seja, acaba por levar em conta na construção de seus conteúdos apenas aspectos ligados

às exigências técnicas do mercado de trabalho, esquecendo-se de considerar as

características peculiares de cada indivíduo e, ainda, que o desenvolvimento de outros

valores é essencial para a sociedade, tanto no próprio mercado de trabalho, como em

outros âmbitos.

Existem ainda outras contradições quando se fala na educação brasileira. Apesar

de ser um dos países que mais investe nessa área, o Brasil também é o local em que as

crianças passam menos tempo na escola. Considerando que os alunos, em grande parte

dos países desenvolvidos, passam muitas horas a mais no ambiente escolar, parte-se do

pressuposto de que o aumento do tempo em sala de aula ou em outros ambientes

educativos é capaz de proporcionar aos alunos novas oportunidades para que se

desenvolvam e atinjam seus objetivos.

A educação é um direito

fundamental, universal e inalienável.

Dessa forma, garantir a sua qualidade, o

acesso a ela e a permanência a todos os

cidadãos, a construção de espaços que

proporcionam a participação da sociedade,

a gestão, execução e avaliação de políticas públicas é dever do poder público. Assim,

voltando à questão dos recursos destinados à educação, pode-se dizer que o seu

financiamento é um tema relevante para todos aqueles que têm interesse na escola de

qualidade, para que seja possível garantir o conhecimento historicamente construído.

Não se pode desconsiderar que a educação é a base para o desenvolvimento de

toda e qualquer nação. Quanto antes ela chegar até as pessoas, maior será o seu

resultado e menores os seus custos. Ensinar conteúdos a pessoas que poderiam tê-los

aprendido anos antes é mais difícil e acarreta em mais custos, além da apreensão do

conhecimento não ser tão eficiente como poderia ter sido em outros momentos. Isso

ocorre porque o ato de aprender não está ligado apenas à compreensão de informações,
 
mas a um conjunto de capacidades que devem ser desenvolvidas nas crianças desde bem

pequenas. O processo de aprender determinadas coisas depois da primeira infância é

mais lento e ainda mais prejudicado em função da ausência de incentivos corretos nesta

fase da vida.

É claro que é preciso a existência de boas universidades para produzir

conhecimentos e tornar o país produtivo. Porém, a qualidade real na educação só poderá

alcançar altos índices quando os poderes e a população compreenderem que é

necessário dar atenção especial aos anos escolares iniciais. Eles são decisivos para

moldar habilidades que constituirão a base para que outras possam ser desenvolvidas.

De acordo com a de lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os

municípios devem oferecer, gratuitamente, a educação infantil em creches ou entidades

equivalentes para crianças de até três anos de idade, e também em pré-escolas, para

crianças de quatro a cinco anos. Por oferecer pode-se supor não apenas criar e manter

unidades suficientes para atender a demanda de alunos, mas, também, garantir-lhes

padrão de qualidade.

Dada esta contextualização, é possível compreender o porquê das crianças e

jovens terem suas dificuldades criadas pelo próprio sistema de ensino e aqueles que já

possuem distúrbios de aprendizagem terem suas dificuldades ainda mais intensificadas,

afinal, as deficiências do processo de ensino-aprendizagem tem, na maioria das vezes,

implicado em mais conflitos e na evasão escolar.
 
3.2. A Escola
 
 
Os problemas da escola estão ligados às

deficiências gerais apresentadas no item anterior

no que diz respeito às questões gerais da

educação brasileira. Porém, no interior das

instituições de ensino estão presentes
 
determinadas adversidades que podem ser resolvidas localmente e serão discutidas a

seguir.

Um dos fatores que dificultam ainda mais o processo de ensino-aprendizagem e

recaem sobre as crianças é a prática que a maior parte das escolas possui em culpar os

pais, os professores, a comunidade e o governo pelo fracasso de seus alunos e nunca

assumirem, ao menos, parcela da culpa. Já foi dito, durante este curso, que a eficiência

da educação depende de uma relação de fatores e, sendo assim, certamente a escola não

deve estar isenta de suas responsabilidades.

A maior parte dos diretores acredita que os alunos são os que têm maior

responsabilidade quando não aprendem. Dessa forma, esses profissionais assumem a

tarefa de exercer seus papéis sem, no entanto, assumir o fracasso de seu trabalho. Os

diretores brasileiros não possuem os pré-requisitos que profissionais renomados e

pesquisadores colocam como sendo básicos para o desempenho da direção. Além de

uma experiência em gestão acadêmica, eles também deveriam manter o seu foco nas

salas de aula e traçar objetivos claros que sirvam de base para a atuação dos professores

e demais educadores existentes na instituição de ensino.

É claro que, se os cidadãos veem a escola como o local em que o conhecimento

acontece, os trabalhadores adquirem os subsídios de que precisam, e os valores éticos e

morais são incorporados pelos indivíduos, ela precisa ter uma boa gestão. Tal gestão

deve ser focada em uma integração entre o âmbito administrativo e pedagógico. A

separação entre essas áreas dá origem a um equívoco comum entre os diretores: o de

que o baixo desempenho dos alunos não está, de forma alguma, ligada à execução

ineficiente de seu trabalho.

Uma parcela considerável dos diretores não possui uma formação adequada,

como já dito anteriormente, e, muitas vezes, são egressos da carreira de professor ou,

ainda, alcançaram o cargo através da indicação de amigos ou familiares, sem ter

minimamente passado por um treinamento técnico.
 
 
Isso agrava as dificuldades que, normalmente, até mesmo os profissionais que

têm formação adequada e são eficientes encontram no

cotidiano escolar. A rotina de todo diretor é caracterizada

por uma série de atividades. Quando chegam à escola,

não conseguem seguir o planejamento que fizeram no dia

anterior em função das emergências que surgem por

todos os lados. Essas interrupções podem implicar em

coisas simples, como o telhado que está quebrado, um

professor que ficou doente e faltou, um aluno que se

acidentou ou um recurso tão esperado que não chegou.

Esses acontecimentos fazem com ele seja obrigado a reorganizar todo o seu plano de

trabalho, além de ter que resolver os problemas imediatos, como a prestação de contas,

estar presente em reuniões da Secretaria da Educação ou visitas a familiares dos alunos.

Em meio a essas atribulações, as questões primordiais acabam sendo deixadas de lado e

correm o risco até mesmo de serem esquecidas.

Além disso, existe uma grande quantidade de deveres burocráticos que são

responsabilidades dos diretores. Seu tempo acaba se restringindo ao cuidado com a

parte administrativa da escola que não pode ser deixada de lado e deve seguir prazos

como, por exemplo, a fiscalização de entrega de materiais pela Secretaria de Ensino. O

planejamento e a execução de um projeto pedagógico eficiente e capaz de trazer

mudanças benéficas para a instituição de ensino precisa de tempo para ser concluído,

sendo impedido diante das circunstâncias que acabaram de ser descritas. Nesse sentido,

a escola acaba reproduzindo somente a ideia de formar indivíduos produtivos, não

respeitando e, muito menos estimulando, as possibilidades e capacidades de cada um

dos alunos que não se adaptam, por diversos motivos, aos padrões impostos.

É de extrema importância evitar que as crianças sejam impossibilitadas de

aprender e se desenvolverem simplesmente por estarem fora dos padrões estabelecidos

para todos. Indivíduos com distúrbios terão seus problemas incompreendidos e

agravados por falta de atuação adequada. Disso resulta também a dificuldade em dizer

se uma criança realmente possui um distúrbio de aprendizagem ou simplesmente não

consegue se adaptar aos métodos de ensino a que está submetida. Alguém com falhas na
percepção visual, por exemplo, encontra maiores dificuldades em escrever com letra

cursiva (letra de mão), pois os intervalos entre as letras não existem, tornando mais

difícil ver os contornos das mesmas. Os métodos que não funcionam com todos os

alunos fazem com que crianças com distúrbios fracassem com mais frequência e

acabem marginalizadas.

Existem, ainda, outros aspectos além das capacidades e possibilidades dos

gestores escolares, que estão relacionados aos elementos estruturais, como, por

exemplo, o espaço da escola, a qualidade dos materiais didáticos, a incidência de

violência no interior desses ambientes, entre muitos outros. Fica realmente complicado

imaginar que esse cenário do ensino brasileiro, sendo incapaz de lidar com as suas

necessidades básicas, poderia dedicar um tempo especial para criar formas eficazes para

o processo de ensino-aprendizagem daqueles que possuem os distúrbios tratados

durante este curso. Mais uma vez, eles ficam em segundo plano e essas dificuldades são

agravadas com o passar do tempo.

A seguir estão listados alguns elementos característicos, principalmente das

escolas da rede pública de ensino, que constituem agravantes para todas as crianças e,

mais especificamente, para as que lidam diariamente com os distúrbios de

aprendizagem:
Na Primeira Infância:
A quantidade de crianças matriculadas na pré-escola não é adequada ao espaço



existente;
A quantidade de educadores é insuficiente diante do número de alunos;

As escolas não possuem espaços adequados para crianças pequenas, como salas para


dormir e espaços específicos de recreação;
A limpeza da cozinha e demais setores pode não ser realizada adequadamente;
No Ensino Fundamental e Médio:

Não existem salas de aula adequadas para todos os tipos de pessoas;

Ausência de profissionais qualificados, como psicólogos, que sejam capazes de




ajudar os alunos fora do ensino regular;

Raramente existem adaptações no espaço físico, como rampas e banheiros




adequados para deficientes físicos ou alunos com dificuldades motoras;


Quanto aos materiais didáticos, não é necessário uma grande quantidade de

recursos para torná-los melhores. Salas de aula normais, com materiais para crianças

que não conseguem seguir o mesmo ritmo de aprendizado dos demais alunos, ou, ainda

a formação de duas ou três salas de aula na escola e materiais específicos para tais

crianças poderiam resolver grande parte dos problemas.
3.3. Os Professores
Como pode ser percebido, esta unidade abordou o aspecto global da educação,

passando depois para problemas mais estruturais localizados no interior das escolas.

Neste momento, será discutido o cenário que envolve os professores e demais

educadores que, embora também sejam vítimas das deficiências da educação, são

causadores da intensificação dos distúrbios de aprendizagem em um grande número de

crianças.

O processo deficiente de educação, pelo qual passa a maior parte das pessoas,

acaba por formar profissionais também deficientes em suas capacidades. Assim, cria-se

um círculo vicioso em que jovens mal formados iniciam uma carreira que requer

determinadas vivências e compreensões, o que resulta em uma atuação que também fará

com que as crianças saiam da educação básica igualmente mal formadas.
Muitos dos alunos que cursam o ensino

fundamental na rede pública de ensino apresentam

grandes dificuldades em aprender a ler e escrever

por não terem esse domínio. A má formação dos

educadores faz com que eles não sejam capazes de

saber minimamente quais as características que

podem ser indicadoras de distúrbios de

aprendizagem em seus alunos. Eles não possuem

conhecimentos suficientes nem para ter uma ideia sobre o problema da criança e, muito

menos, para fornecer orientações úteis para que os pais possam procurar ajuda de

especialistas capazes de dar um diagnóstico preciso.

O papel dos professores diante da posição que ocupam é fundamental, fazendose

necessário que eles tenham conhecimentos não apenas acerca de conteúdos teóricos

básicos, mas, também, que saibam lidar com a heterogeneidade de alunos com que têm

contato diário, sendo capazes de identificar as suas qualidades e dificuldades,

adequando a melhor forma de se trabalhar com elas.

Além dessa má formação do professorado originar uma didática ineficiente que

não permite que as crianças construam um conhecimento real, esses profissionais,

apesar da importância do papel que desempenham para toda a sociedade, já que são

formadores de opiniões e atitudes, são desvalorizados socialmente. Eles também são

vítimas de um sistema cheio de falhas e vivem em más condições, tendo que executar a

sua função recebendo péssimos salários, sem poder contar com qualquer auxílio para

renovar e multiplicarem seus conhecimentos, além de trabalharem em ambientes sem

estrutura alguma no que se refere a recursos, materiais didáticos e outros elementos que

constituem o processo de ensino-aprendizagem.
A Família
Não é preciso dizer que o núcleo familiar constitui

também uma estrutura fundamental para o desenvolvimento de

toda e qualquer criança. Porém, sabe-se que a família

brasileira encontra diversos tipos de problemas em seu

interior. Os conflitos familiares podem ser causadores de

dificuldades de aprendizagem nas crianças que não as

possuem e, intensificar, os problemas que os alunos com

distúrbios já enfrentam.

Existem diferentes tipos de famílias. Algumas delas são mais presentes na vida

das crianças, enquanto outras não se importam muito com o que elas fazem ou deixam

de fazer. No entanto, essas diferenças podem auxiliar ou dificultar, de forma intensa,

não apenas aspectos comportamentais na vida das crianças, mas também a sua vivência

escolar. Abaixo, está um quadro que diferencia características possíveis de serem

encontradas em filhos de pais ausentes e presentes:
Pais Presentes
Criança mais educada
Criança carinhosa
Criança com bom rendimento escolar
Criança prestativa com o próximo
Prazer na leitura e na aprendizagem

Pais ausentes
Criança mais rebeldeCriança sentimental/carente
Criança que não consegue ter um bom
rendimento na escola

Criança que não se importa muito com

o próximo
Pensar apenas em brincar e atividades

que não exijam grandes esforços e

concentração.
 
A ajuda dos pais ou demais responsáveis no processo de ensino-aprendizagem

das crianças é, portanto, outro elemento diferenciador capaz de levá-las ao sucesso

escolar, sendo válido para tanto para as crianças que possuem capacidades normais de
aprendizagem quanto para aquelas detentoras de determinado distúrbio.

Muitos aspectos estão ligados a essa relação entre família, aprendizagem e

sucesso escolar, todos tendo uma influência no conjunto. A escolaridade dos pais é um

deles. Como se sabe, a porcentagem de brasileiros com formação superior é muito

restrita frente à população total. Isso acaba por reproduzir este quadro, afinal, é muito

mais fácil que pais que saibam da importância do conhecimento e da escolaridade,

porque passaram por ela, se empenhem em incentivar e ajudar os seus filhos nesse

processo do que pais, que, possuindo um nível baixo de escolaridade, têm menos

chances de darem o suporte necessário às suas crianças. Os primeiros, ao terem passado

por processos parecidos na vida escolar e acadêmica, procuram ler com seus filhos,

incentivá-los a buscar o sucesso escolar e lhes mostrar a importância do mesmo, bem

como têm mais probabilidades de reconhecer um distúrbio de aprendizagem quando ele

se manifesta e, consequentemente, procurarem a ajuda de especialistas. Já os segundos,

não tendo passado por tantas experiências escolares, podem não atribuir a elas a devida

importância e, dessa forma, refletir isso em seus filhos.

Existe, entre os responsáveis, uma carência de informações sobre o que

realmente acontece na vida de suas crianças, além de existir, também, uma defasagem

de informações sobre o que constituem os distúrbios de aprendizagem. Quando eles se

manifestam, pais caracterizados dessa forma se sentem, ao menos parcialmente,

culpados pela condição das crianças. Alguns chegam até mesmo a entrar em pânico.

Essas reações imobilizam os responsáveis e privam a criança da ajuda que precisa.

Existem mais alguns aspectos possíveis de serem encontrados nos núcleos

familiares que também são grandes causadores ou intensificadores das dificuldades de

aprendizagem. Veja abaixo uma parte deles:
Famílias desorganizadas que permitem um excesso de atividades extraescolares



na vida das crianças, como muito tempo na frente de computadores, vídeosgame,

televisão e, consequentemente, a ausência de uma rotina de estudos;
Pais com problemas como, por exemplo, o alcoolismo;
Pais demasiadamente exigentes projetam, em seus filhos, problemas emocionais



graves;
A superproteção característica de certos responsáveis pode criar crianças



dependentes e incapazes de solucionar problemas sozinhas;
Filhos de pais separados também encontram maiores chances de desenvolver ou



intensificar as dificuldades de aprendizagem. Essas crianças demonstram uma

grande necessidade de serem compreendidas.

Existem, ainda, as dificuldades

causadas por substâncias químicas a que os

responsáveis, tendo maior contato com as

crianças, precisam estar atentos. Medicações

como antialérgicos ou astiasmáticos causam sonolência e interferem na

aprendizagem, assim como drogas, tais o álcool em adolescentes, também têm

grandes influências na sala de aula.
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Outras origens das dificuldades de aprendizagem


Existem dificuldades de aprendizagem que são causadas por motivos diferentes

daquelas que têm sua origem nos distúrbios que foram discutidos até o momento. Como

foi dito anteriormente, uma das principais características dos distúrbios de

aprendizagem é o fato deles provocarem dificuldades para a realização de atividades

específicas, como a de leitura ou a de escrita. No entanto, elementos como o Autismo, a

Síndrome de Down, a Deficiência Mental, a Síndrome de Asperger e outros, também

causam dificuldades no processo de ensino-aprendizagem para aqueles que os possuem.

Eles não implicam apenas em dificuldades específicas como, por exemplo, a

compreensão da matemática, mas tornam difícil todo o processo de aprendizagem,

independente da área em que se aplica, ou seja, implicam em dificuldades globais. A

seguir, serão descritos alguns desses elementos.
Autismo
O autismo é uma desordem global que causa reações como, por exemplo, o não

desenvolvimento normal da inteligência. Isso ocasiona na dificuldade de desenvolver
relações sociais normais e em comportamentos compulsivos e ritualísticos. Embora

algumas pessoas tenham inteligência e fala intacta, outras possuem sérios retardos em

seu desenvolvimento da linguagem.

Existem alguns mitos que envolvem o autismo, como o de que pessoas autistas

vivem em seus próprios mundos, fechadas para as outras pessoas e interagindo apenas

com o ambiente por elas criado. Essa crença se deve ao simples fato desses indivíduos

encontrarem dificuldades para se comunicar, não conseguindo iniciar, manter ou

terminar uma simples conversa.

Algumas características que podem ser encontradas em indivíduos com autismo

são:

Dificuldade de relacionamento com outras pessoas;

Riso inapropriado;

Pouco ou nenhum contato visual;

Insensibilidade à dor;

Preferência pela solidão;

Ausência de respostas aos métodos normais de ensino;

Insistência em repetição;

Resistência à mudança de rotina;


Não têm real medo de perigo;

Repetem palavras ou frases em lugar da linguagem normal (Ecolalia);

Recusam colo ou carinhos;

Agem como se estivessem surdos;

Demonstram extrema aflição sem razão aparente;

Habilidade motora irregular.



Essas são características possíveis de serem encontradas em pessoas autistas,

porém, é preciso lembrar que elas nem sempre se manifestam da mesma forma em todos

os indivíduos, podendo sofrer variações. Elas também podem ser diferentes de acordo

com a faixa etária, de onde surge a importância da ajuda de especialistas para o

diagnóstico e o aconselhamento sobre as maneiras adequadas de lidar com o autismo.

Os exames para detectá-lo são realizados em clínicas especializadas. Pode ser

necessária uma série de testes como, por exemplo, os auditivos, os que detectam

alergias alimentares e outros essenciais para a elaboração de um diagnóstico preciso. Os

tratamentos variam de caso a caso de acordo com as necessidades de cada um e seu

respectivo quadro clínico.

Normalmente, os autistas têm uma expectativa de vida normal quando

comparados à média da população. Porém, os transtornos causados nessas pessoas estão

presentes o tempo todo e não há possibilidades de alterar esse quadro, mas apenas lidar

com ele de maneira adequada.

Esses indivíduos devem estar em contato com profissionais capazes de lidar com

os mesmos, como os especialistas em pediatria, neurologia, psiquiatria, psicologia,

pedagogia, terapia ocupacional, fisioterapia e outros. A orientação familiar também é

um fator fundamental e a base de tratamentos terapêuticos.

Não existem tratamentos ou medicamentos específicos para o autismo, mas é

preciso que os indivíduos responsáveis e que convivem com pessoas autistas se

empenhem em ajudar no seu desenvolvimento com competência e compreensão.
 
Síndrome de Asperger
 
 
Esta síndrome está ligada ao autismo, diferenciando-se dele por não causar

dificuldades globais no desenvolvimento cognitivo (apreensão do conhecimento) e na

linguagem das pessoas. Porém, essa diferença não é suficiente para determinar se um

indivíduo é autista ou possui síndrome de asperger, afinal, alguns deles também podem

apresentar dificuldades na comunicação, da mesma forma que determinadas crianças

autistas também são capazes de desenvolver a fala.

As crianças inicialmente têm um desenvolvimento aparentemente normal, mas,

no decorrer dos anos, acabam se tornando monótonas, com características peculiares e

apresentam, com frequência, preocupações obsessivas. Sua capacidade de interagir com

as outras crianças se torna mínima, pois elas têm um comportamento que caminha no

sentido de distanciar-se das pessoas. Sua forma de se vestir também pode parecer

estranhamente alinhada e a grande dificuldade de socialização tende a torná-la solitária.

Indivíduos com essa síndrome também apresentam prejuízos na coordenação

motora e na percepção viso-espacial. Comparando-se às demais crianças, eles podem

aprender coisas na idade própria, outros cedo demais e alguns podem aprender tarde

demais ou apenas quando são cuidadosamente ensinados.

A Síndrome de Asperger é considerada, por alguns pesquisadores, como um tipo

de autismo, se diferenciando dele apenas em função de algumas características

peculiares como, por


exemplo, o desenvolvimento da fala, já citado anteriormente.

As medidas para lidar com portadores dessa síndrome se aproximam muito do

tratamento destinado aos autistas, já que a melhor maneira de fazê-lo, independente da

síndrome ou distúrbio, é através da procura de profissionais especializados, do

envolvimento da família e outras.
Deficiência mental
A deficiência mental, também chamada de deficiência intelectual, aponta

problemas que se situam no cérebro, causando uma baixa aquisição e produção de

conhecimento, ou seja, provocando no sujeito dificuldades de aprendizagem devido ao

baixo nível intelectual.

Ela pode ser causada por inúmeros fatores como questões de ordem genética,

complicações ocorridas ao longo da gestação, do parto ou nos pós-natais e outros. Esses

acontecimentos comprometem as funções intelectuais da criança e tem repercussões

para toda a vida.

É importante que não se confunda a deficiência mental como uma doença

mental. O portador de necessidades especiais mantém a percepção de si mesmo e da

realidade que o cerca, sendo capaz de tomar decisões importantes sobre assuntos da sua

vida. Já o doente mental tem o discernimento comprometido, necessitando de apoios

maiores no seu cotidiano.

Existe uma parcela entre os portadores de deficiência mental que manifestam

algum tipo de ligação com problemas como a síndrome do pânico, a depressão, a

esquizofrenia e outros. Isso acontece porque as deficiências mentais podem atingir o

comportamento dos indivíduos, já que lesam áreas cerebrais como as responsáveis pelo

poder de concentração e o humor.

É importante que pessoas com essa deficiência não sejam “bajuladas” por seus

familiares, pois esse tratamento pode impedir que elas desenvolvam sua independência,

fazendo com que as mesmas sempre precisem de ajuda, ainda que para realizarem

simples atos, limitando a sua capacidade de se relacionar com a sociedade. Assim, é

preciso que se dedique a elas a atenção necessária, dosando-a na medida certa
Para finalizar, não é desnecessário repetir que, assim como em muitos outros

problemas, é preciso adotar cuidados específicos e procurar a ajuda de profissionais

especializados.
Síndrome de Down
A Síndrome de Down é causada por alterações genéticas que

podem ter três origens diferentes:
Trissomia 21: Esta é a causa mais comum presente na



síndrome de Down. As pessoas possuem 47 cromossomos

em todas as células. Isso acontece em 95% dos casos;
 
Mosaico: Problema genético pouco conhecido caracterizado



por uma alteração genética que compromete apenas parte das células, ou seja,

algumas células têm 47 e outras 46 cromossomos;
Translocação: Acontece quando o cromossomo extra do par 21 "gruda" em



outro cromossomo. Embora o indivíduo tenha os 46 cromossomos, ele será

portador da Síndrome de Down em função desta alteração.
As crianças portadoras dessa Síndrome apresentam

características como:
Achatamento da parte de trás da cabeça;

Inclinação das fendas palpebrais;

Pequenas dobras de pele no canto interno dos olhos;

Língua proeminente (que forma relevo);

Ponte nasal achatada;
Orelhas ligeiramente menores;

Boca pequena;

Tônus muscular diminuído;

Ligamentos soltos;

Mãos e pés pequenos;

Pele na nuca em excesso.
As crianças que têm Síndrome de Down possuem a idade cronológica diferente

da idade funcional, apresentando imaturidade para aprender determinados conteúdos

que indivíduos na mesma faixa etária compreendem. Além disso, elas não desenvolvem

estratégias de forma espontânea, encontrando grandes dificuldades para resolver

problemas e encontrar soluções sozinhas. Sua imaturidade para a aprendizagem

influencia habilidades de memória, o uso de conceitos abstratos, relações espaciais,

raciocínio e outras.
 
No entanto, essas crianças têm possibilidades de se desenvolver, executando

atividades diárias e até mesmo construir uma vida profissional. Por isso, deve-se

proporcionar ao portador de Síndrome de Down a promoção de suas capacidades,

procurando facilitar ao máximo o desenvolvimento da sua personalidade, a participação

ativa na vida social e no mundo do trabalho. Seu processo de ensino-aprendizagem tem

que possibilitar a aquisição da autonomia a partir de práticas e procedimentos

pedagógicos diferenciados.
 


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DÉFICIT DE ATENÇÃO


Conhecida também como TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com

Hiperatividade), esse distúrbio é caracterizado, principalmente, pela desatenção, pela

agitação e pela impulsividade. Crianças hiperativas são capazes de aprender, mas

encontram dificuldades no desempenho escolar devido ao impacto que seus sintomas

causam.
Para essas crianças, concentrar-se é algo complicado. Elas se distraem com

facilidade, esquecem de suas obrigações, perdem e esquecem objetos com frequência,

têm dificuldades em seguir instruções e se organizarem, falam de maneira excessiva a

ponto de não serem capazes de esperar a sua vez, o que as leva a responderem perguntas

antes mesmo delas serem concluídas.
A hiperatividade também pode ser caracterizada por um descontrole motor

acentuado, que faz com que as crianças tenham movimentos bruscos e inadequados,

mudanças de humor e instabilidade afetiva.

O distúrbio está ligado à produção de neurotransmissores (substâncias

produzidas no sistema nervoso central responsável pela regulação do mesmo). Todos os

seres humanos possuem uma área no cérebro que desenvolve o equilíbrio entre a

percepção, a estimulação ambiental e a capacidade de resposta do cérebro a tudo isso.

Quando ocorre uma deficiência nesse processo como, por exemplo, na produção de

substâncias como a dopamina, é gerada uma falta de equilíbrio nesse sistema
Daí

origina-se o TDAH.

A hiperatividade costuma melhorar ou até mesmo desaparecer em grande parte

das crianças quando elas atingem a puberdade, embora, em alguns casos, possa

continuar na adolescência e na vida adulta. Existem algumas crianças que possuem

maior propensão a ter estes problemas, como os filhos de pais hiperativos, irmãos de

pessoas hiperativas e os irmãos gêmeos.
Além da deficiência na produção de neurotransmissores, a hiperatividade

também pode ser causada por outros motivos como a ansiedade, frustrações, depressões,

criação imprópria e outros.

O TDAH afeta as crianças na escola, no ambiente familiar, na comunidade e

também pode prejudicar o seu relacionamento com professores, colegas e familiares. Os

sintomas mais encontrados podem ser divididos entre desatenção e

hiperatividade/impulsividade e, muitas vezes, também pode haver uma mistura entre os dois.

Hiperatividade/Impulsividade na criança
 
 
Dificuldade para se manter parada ou sentada;

Corre sem destino ou sobe excessivamente nas coisas;
Inquietação, mexendo com as mãos e/ou pés, ou se remexendo na cadeira;

Age como se fosse movida a motor, é “elétrica”;

Fala excessivamente;

Dificuldade em engajar-se numa atividade silenciosamente;

Responde a perguntas antes mesmo de serem formuladas totalmente;

Interrompe frequentemente as conversas e atividades alheias;

Dificuldade em esperar sua vez em filas e brincadeiras;

Corre sem destino ou sobe excessivamente nas coisas.




Desatenção
Não sabe onde colocou as coisas;

Dificuldade em manter a atenção;

Distrai-se com facilidade;

Parece não ouvir;

Não enxerga detalhes ou comete erros por falta de cuidado;


Dificuldade em seguir instruções;

Não gosta e evita tarefas que exigem um esforço mental prolongado;
 
 
Dificuldade de organização;

Frequentemente. perde ou esquece objetos necessários;

Esquece rapidamente o que aprende.



Existem, ainda, algumas crianças que apresentam algumas características ligadas

a esse distúrbio, mas em quantidade insuficiente para que se possa realizar um

diagnóstico completo. No entanto, essas características são capazes de desequilibrar a

vida diária. Além dos sintomas citados, pode-se considerar:
 
Choros inexplicáveis nos primeiros meses;
Baixa autoestima;

Depressões frequentes;

Caligrafia de difícil entendimento;

Mudanças rápidas de interesse (começam várias coisas e não terminam);

Dificuldades de relacionamento.
Existem estágios avançados e reduzidos desse distúrbio. Para cada um deles, há

um tratamento diferenciado. Em estágios avançados, especialistas indicam o uso de

medicações. Em outros, simples programas de modificação do comportamento são

capazes de diminuir o nível de atividade ou desatenção.

Para diagnosticar o TDAH, os sintomas devem interferir de forma significativa

na vida da criança através de um comportamento crônico que se repita em diferentes

ambientes, por exemplo.
Esse diagnóstico precisa passar por uma ampla avaliação. Afinal, alguns dos

sintomas também podem ser indicadores de outros tipos de distúrbios. O importante é

que seja feito um histórico cuidadoso onde são incluídos dados recolhidos de

professores, pais e outros adultos que tenham contato com a criança avaliada. A

avaliação também deve contar com um levantamento do funcionamento intelectual,

social, emocional, acadêmico e médico obtidos com a ajuda de profissionais como o

neuropediatra e outros capazes de realizar testes psicológicos e neurológicos.

 
A hiperatividade normalmente aparece na primeira infância e atinge uma parcela

pequena da população, independente do grau de inteligência, o nível de escolaridade ou

a classe social.

O tratamento de crianças com TDAH demanda a intervenção psicológica,

pedagógica e médica. Uma abordagem que envolva todas essas áreas do conhecimento

origina um processo de treinamento dos pais para controlar o comportamento dos filhos,

um programa pedagógico adequado e possíveis medicamentos. Existem diversos

programas para pais de crianças com TDAH, bem como uma diversidade de vídeos e

outros materiais com dados a respeito das dificuldades e estratégias efetivas que podem

ser usadas no ambiente familiar.
Os pais devem recompensar as crianças quando se comportam de forma

adequada. Elas precisam de respostas imediatas, frequentes, previsíveis e coerentes

aplicadas ao seu comportamento. Além disso, também necessitam de mais tentativas

para aprender. Quando conseguem terminar uma tarefa ou outros tipos de atividades,

devem ser recompensadas.

Os professores e a escola também possuem um papel essencial no

desenvolvimento das crianças. O sucesso da sala de aula pode exigir uma série de

intervenções. A maior parte das crianças hiperativas pode continuar na classe regular,

com pequenas adaptações no ambiente estrutural, como a modificação do currículo e

estratégias adequadas. Apenas crianças com problemas muito mais sérios podem exigir

salas de aula especiais.
Alguns alunos com TDAH precisam ter algo em mãos para dar um foco para a

sua atenção. Também pode ser efetivo combinar algo que passe despercebido (como

música de fundo), circular pela sala e a proximidade física para controlar e avisar os

alunos (mãos no ombro, contato de olhar, toque na carteira).

Além disso, também se podem criar opções de atividades para os alunos que

terminam seus deveres mais cedo , evitando problemas como o tédio. Nesse processo, é

de extrema importância que se tenha cuidado para não pedir que eles façam trabalhos

que não sejam capazes de realizar com êxito, pois isso pode gerar frustrações.
Deve-se certificar que as atividades são estimulantes e que os alunos

compreendem a lição, através de técnicas eficientes e providenciando, ainda,

oportunidades para que essas crianças possam se mover dentro da sala de aula nos

intervalos entre as atividades.



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