domingo, 5 de janeiro de 2014

Outras origens das dificuldades de aprendizagem


Existem dificuldades de aprendizagem que são causadas por motivos diferentes

daquelas que têm sua origem nos distúrbios que foram discutidos até o momento. Como

foi dito anteriormente, uma das principais características dos distúrbios de

aprendizagem é o fato deles provocarem dificuldades para a realização de atividades

específicas, como a de leitura ou a de escrita. No entanto, elementos como o Autismo, a

Síndrome de Down, a Deficiência Mental, a Síndrome de Asperger e outros, também

causam dificuldades no processo de ensino-aprendizagem para aqueles que os possuem.

Eles não implicam apenas em dificuldades específicas como, por exemplo, a

compreensão da matemática, mas tornam difícil todo o processo de aprendizagem,

independente da área em que se aplica, ou seja, implicam em dificuldades globais. A

seguir, serão descritos alguns desses elementos.
Autismo
O autismo é uma desordem global que causa reações como, por exemplo, o não

desenvolvimento normal da inteligência. Isso ocasiona na dificuldade de desenvolver
relações sociais normais e em comportamentos compulsivos e ritualísticos. Embora

algumas pessoas tenham inteligência e fala intacta, outras possuem sérios retardos em

seu desenvolvimento da linguagem.

Existem alguns mitos que envolvem o autismo, como o de que pessoas autistas

vivem em seus próprios mundos, fechadas para as outras pessoas e interagindo apenas

com o ambiente por elas criado. Essa crença se deve ao simples fato desses indivíduos

encontrarem dificuldades para se comunicar, não conseguindo iniciar, manter ou

terminar uma simples conversa.

Algumas características que podem ser encontradas em indivíduos com autismo

são:

Dificuldade de relacionamento com outras pessoas;

Riso inapropriado;

Pouco ou nenhum contato visual;

Insensibilidade à dor;

Preferência pela solidão;

Ausência de respostas aos métodos normais de ensino;

Insistência em repetição;

Resistência à mudança de rotina;


Não têm real medo de perigo;

Repetem palavras ou frases em lugar da linguagem normal (Ecolalia);

Recusam colo ou carinhos;

Agem como se estivessem surdos;

Demonstram extrema aflição sem razão aparente;

Habilidade motora irregular.



Essas são características possíveis de serem encontradas em pessoas autistas,

porém, é preciso lembrar que elas nem sempre se manifestam da mesma forma em todos

os indivíduos, podendo sofrer variações. Elas também podem ser diferentes de acordo

com a faixa etária, de onde surge a importância da ajuda de especialistas para o

diagnóstico e o aconselhamento sobre as maneiras adequadas de lidar com o autismo.

Os exames para detectá-lo são realizados em clínicas especializadas. Pode ser

necessária uma série de testes como, por exemplo, os auditivos, os que detectam

alergias alimentares e outros essenciais para a elaboração de um diagnóstico preciso. Os

tratamentos variam de caso a caso de acordo com as necessidades de cada um e seu

respectivo quadro clínico.

Normalmente, os autistas têm uma expectativa de vida normal quando

comparados à média da população. Porém, os transtornos causados nessas pessoas estão

presentes o tempo todo e não há possibilidades de alterar esse quadro, mas apenas lidar

com ele de maneira adequada.

Esses indivíduos devem estar em contato com profissionais capazes de lidar com

os mesmos, como os especialistas em pediatria, neurologia, psiquiatria, psicologia,

pedagogia, terapia ocupacional, fisioterapia e outros. A orientação familiar também é

um fator fundamental e a base de tratamentos terapêuticos.

Não existem tratamentos ou medicamentos específicos para o autismo, mas é

preciso que os indivíduos responsáveis e que convivem com pessoas autistas se

empenhem em ajudar no seu desenvolvimento com competência e compreensão.
 
Síndrome de Asperger
 
 
Esta síndrome está ligada ao autismo, diferenciando-se dele por não causar

dificuldades globais no desenvolvimento cognitivo (apreensão do conhecimento) e na

linguagem das pessoas. Porém, essa diferença não é suficiente para determinar se um

indivíduo é autista ou possui síndrome de asperger, afinal, alguns deles também podem

apresentar dificuldades na comunicação, da mesma forma que determinadas crianças

autistas também são capazes de desenvolver a fala.

As crianças inicialmente têm um desenvolvimento aparentemente normal, mas,

no decorrer dos anos, acabam se tornando monótonas, com características peculiares e

apresentam, com frequência, preocupações obsessivas. Sua capacidade de interagir com

as outras crianças se torna mínima, pois elas têm um comportamento que caminha no

sentido de distanciar-se das pessoas. Sua forma de se vestir também pode parecer

estranhamente alinhada e a grande dificuldade de socialização tende a torná-la solitária.

Indivíduos com essa síndrome também apresentam prejuízos na coordenação

motora e na percepção viso-espacial. Comparando-se às demais crianças, eles podem

aprender coisas na idade própria, outros cedo demais e alguns podem aprender tarde

demais ou apenas quando são cuidadosamente ensinados.

A Síndrome de Asperger é considerada, por alguns pesquisadores, como um tipo

de autismo, se diferenciando dele apenas em função de algumas características

peculiares como, por


exemplo, o desenvolvimento da fala, já citado anteriormente.

As medidas para lidar com portadores dessa síndrome se aproximam muito do

tratamento destinado aos autistas, já que a melhor maneira de fazê-lo, independente da

síndrome ou distúrbio, é através da procura de profissionais especializados, do

envolvimento da família e outras.
Deficiência mental
A deficiência mental, também chamada de deficiência intelectual, aponta

problemas que se situam no cérebro, causando uma baixa aquisição e produção de

conhecimento, ou seja, provocando no sujeito dificuldades de aprendizagem devido ao

baixo nível intelectual.

Ela pode ser causada por inúmeros fatores como questões de ordem genética,

complicações ocorridas ao longo da gestação, do parto ou nos pós-natais e outros. Esses

acontecimentos comprometem as funções intelectuais da criança e tem repercussões

para toda a vida.

É importante que não se confunda a deficiência mental como uma doença

mental. O portador de necessidades especiais mantém a percepção de si mesmo e da

realidade que o cerca, sendo capaz de tomar decisões importantes sobre assuntos da sua

vida. Já o doente mental tem o discernimento comprometido, necessitando de apoios

maiores no seu cotidiano.

Existe uma parcela entre os portadores de deficiência mental que manifestam

algum tipo de ligação com problemas como a síndrome do pânico, a depressão, a

esquizofrenia e outros. Isso acontece porque as deficiências mentais podem atingir o

comportamento dos indivíduos, já que lesam áreas cerebrais como as responsáveis pelo

poder de concentração e o humor.

É importante que pessoas com essa deficiência não sejam “bajuladas” por seus

familiares, pois esse tratamento pode impedir que elas desenvolvam sua independência,

fazendo com que as mesmas sempre precisem de ajuda, ainda que para realizarem

simples atos, limitando a sua capacidade de se relacionar com a sociedade. Assim, é

preciso que se dedique a elas a atenção necessária, dosando-a na medida certa
Para finalizar, não é desnecessário repetir que, assim como em muitos outros

problemas, é preciso adotar cuidados específicos e procurar a ajuda de profissionais

especializados.
Síndrome de Down
A Síndrome de Down é causada por alterações genéticas que

podem ter três origens diferentes:
Trissomia 21: Esta é a causa mais comum presente na



síndrome de Down. As pessoas possuem 47 cromossomos

em todas as células. Isso acontece em 95% dos casos;
 
Mosaico: Problema genético pouco conhecido caracterizado



por uma alteração genética que compromete apenas parte das células, ou seja,

algumas células têm 47 e outras 46 cromossomos;
Translocação: Acontece quando o cromossomo extra do par 21 "gruda" em



outro cromossomo. Embora o indivíduo tenha os 46 cromossomos, ele será

portador da Síndrome de Down em função desta alteração.
As crianças portadoras dessa Síndrome apresentam

características como:
Achatamento da parte de trás da cabeça;

Inclinação das fendas palpebrais;

Pequenas dobras de pele no canto interno dos olhos;

Língua proeminente (que forma relevo);

Ponte nasal achatada;
Orelhas ligeiramente menores;

Boca pequena;

Tônus muscular diminuído;

Ligamentos soltos;

Mãos e pés pequenos;

Pele na nuca em excesso.
As crianças que têm Síndrome de Down possuem a idade cronológica diferente

da idade funcional, apresentando imaturidade para aprender determinados conteúdos

que indivíduos na mesma faixa etária compreendem. Além disso, elas não desenvolvem

estratégias de forma espontânea, encontrando grandes dificuldades para resolver

problemas e encontrar soluções sozinhas. Sua imaturidade para a aprendizagem

influencia habilidades de memória, o uso de conceitos abstratos, relações espaciais,

raciocínio e outras.
 
No entanto, essas crianças têm possibilidades de se desenvolver, executando

atividades diárias e até mesmo construir uma vida profissional. Por isso, deve-se

proporcionar ao portador de Síndrome de Down a promoção de suas capacidades,

procurando facilitar ao máximo o desenvolvimento da sua personalidade, a participação

ativa na vida social e no mundo do trabalho. Seu processo de ensino-aprendizagem tem

que possibilitar a aquisição da autonomia a partir de práticas e procedimentos

pedagógicos diferenciados.
 


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