domingo, 5 de janeiro de 2014

Outros causadores das dificuldades de Aprendizagem



Além de certos elementos, como as


disfunções cerebrais, os problemas genéticos, o baixo QI, deficiências visuais e

auditivas, problemas motores, questões alimentares e outros, existem determinados

componentes ligados ao processo de ensino-aprendizagem que são causadores em

potencial de dificuldades encontradas pelos indivíduos em qualquer faixa etária. Tais

componentes fazem com que o ato de aprender seja complicado tanto para crianças que

possuem os distúrbios até aqui tratados como para as que, juntas dos adolescentes e

jovens que se apresentam fisicamente normais, não são afetadas por características

genéticas ou outros problemas.

Aqui discutiremos


causas das dificuldades de

aprendizagem de maneira mais ampla, através da abordagem de aspectos estruturais

globais e locais que são capazes de causar impactos no processo de ensino-aprendizagem,

como as características da educação e os conflitos da família brasileira, a

formação dos educadores, entre outros. Embora todos esses fatores estejam intimamente

ligados, eles serão, a partir desse momento, abordados em suas particularidades.
 
 
A Educação Brasileira
 
 
A educação brasileira é conhecida,

de maneira geral pela população, como

sendo deficiente em diversos âmbitos. No

entanto, sabe-se da sua fundamental

importância para o desenvolvimento dos

cidadãos de forma individual e, também,

para o desenvolvimento da nação como um

todo. A apreensão do conhecimento não é apenas requisito para alcançar uma vaga no

mercado de trabalho, mas é também fundamental para o enriquecimento cultural, para a

realização de transformações sociais efetivas, a valorização da ética e da moral e a

construção da cidadania.

Embora tenha melhorado com o passar dos anos, ao analisar o histórico de

desenvolvimento da educação no Brasil, pode-se perceber que a preocupação com as

suas melhorias, bem como com a democratização do ensino e o consequente acesso a

ele por uma quantidade infinitamente maior de pessoas, é relativamente recente. Há

algum tempo, apenas uma parcela ínfima da sociedade, pertencente à elite social

brasileira, tinha possibilidades de acesso à educação.

A democratização do ensino, embora seja algo positivo e de progresso, fez com

que, em pouquíssimo tempo, a educação tivesse que atender a uma quantidade imensa

de alunos. Essa necessidade repentina fez com que os sistemas educacionais não fossem

capazes de oferecer vagas nas escolas e, ao mesmo tempo, manter a qualidade do

ensino.

Essa experiência não muito longa acarreta, também, em dificuldades para a

tomada de decisões, como o quanto se deve investir na educação, quais são suas

prioridades e os problemas que precisam de uma solução com mais urgência, quais os

melhores métodos a serem aplicados no processo de ensino-aprendizagem e muitas

outras.
 
Quando comparado a outros países, tem-se que o Brasil é uma das nações que

mais investe na área da educação. Existe uma divergência entre profissionais desta área

quanto a isso. Uma parcela deles acredita que os valores destinados à educação são

insuficientes e deveriam ser aumentados, enquanto a outra tem a opinião de que os

valores estão adequados, mas o país, devido à sua inexperiência, não sabe como

aproveitar da melhor forma tais verbas. De qualquer forma, independente de qual

postura esteja correta, o que se apresenta é uma educação deficiente e carente de

melhorias.

Como já foi citado, o Brasil descobriu tarde a necessidade de se investir na

educação. Porém, esse cenário é ainda mais prejudicado pelo fato de que, mesmo após

essa descoberta, o país ter demorado décadas para tomar alguma atitude nesse sentido.

Além de verbas, é necessário tempo para que se possa desenvolver qualitativamente. O

aperfeiçoamento do processo de ensino exige análises, pesquisas e experiências capazes

de mostrar quais são as melhores metodologias para lidar com a educação brasileira,

afinal, apesar de ter investido na educação, o país continua apresentando ainda hoje

altos índices de analfabetismo. É ilusão pensar que nossos problemas se resolvam

apenas com capital, pois é preciso muito trabalho para realizar grandes transformações.

Isso mostra que o Brasil pode ter aprendido a gastar, mas ainda tem que descobrir a

ensinar efetivamente.

Essa deficiência não se limita ao ensino público, abrangindo também as escolas

privadas. Isso porque, apesar de possuírem mais recursos e verbas para destinarem ao

seu próprio desenvolvimento, são obrigadas a seguirem os programas educacionais do

governo no que diz respeito à estrutura das séries, aos critérios de aprovação e

reprovação de alunos, aos conteúdos programáticos e outros que também são deficientes

e se constroem de características insuficientes para o ensino de qualidade.

Nas instituições de ensino públicas, o problema é ainda mais complexo. Além de

possuírem os obstáculos encontrados pelas escolas privadas, elas também precisam lidar

com um número insuficiente de professores e outros profissionais, materiais

inadequados, péssimas condições físicas, ausência de recursos, ausência de suporte para

as crianças que possuem necessidades especiais e muito mais.
 
Além dessas questões não serem consideradas como prioridades para o poder

público, a educação pode ser caracterizada como tecnicista e desligada da realidade, ou

seja, acaba por levar em conta na construção de seus conteúdos apenas aspectos ligados

às exigências técnicas do mercado de trabalho, esquecendo-se de considerar as

características peculiares de cada indivíduo e, ainda, que o desenvolvimento de outros

valores é essencial para a sociedade, tanto no próprio mercado de trabalho, como em

outros âmbitos.

Existem ainda outras contradições quando se fala na educação brasileira. Apesar

de ser um dos países que mais investe nessa área, o Brasil também é o local em que as

crianças passam menos tempo na escola. Considerando que os alunos, em grande parte

dos países desenvolvidos, passam muitas horas a mais no ambiente escolar, parte-se do

pressuposto de que o aumento do tempo em sala de aula ou em outros ambientes

educativos é capaz de proporcionar aos alunos novas oportunidades para que se

desenvolvam e atinjam seus objetivos.

A educação é um direito

fundamental, universal e inalienável.

Dessa forma, garantir a sua qualidade, o

acesso a ela e a permanência a todos os

cidadãos, a construção de espaços que

proporcionam a participação da sociedade,

a gestão, execução e avaliação de políticas públicas é dever do poder público. Assim,

voltando à questão dos recursos destinados à educação, pode-se dizer que o seu

financiamento é um tema relevante para todos aqueles que têm interesse na escola de

qualidade, para que seja possível garantir o conhecimento historicamente construído.

Não se pode desconsiderar que a educação é a base para o desenvolvimento de

toda e qualquer nação. Quanto antes ela chegar até as pessoas, maior será o seu

resultado e menores os seus custos. Ensinar conteúdos a pessoas que poderiam tê-los

aprendido anos antes é mais difícil e acarreta em mais custos, além da apreensão do

conhecimento não ser tão eficiente como poderia ter sido em outros momentos. Isso

ocorre porque o ato de aprender não está ligado apenas à compreensão de informações,
 
mas a um conjunto de capacidades que devem ser desenvolvidas nas crianças desde bem

pequenas. O processo de aprender determinadas coisas depois da primeira infância é

mais lento e ainda mais prejudicado em função da ausência de incentivos corretos nesta

fase da vida.

É claro que é preciso a existência de boas universidades para produzir

conhecimentos e tornar o país produtivo. Porém, a qualidade real na educação só poderá

alcançar altos índices quando os poderes e a população compreenderem que é

necessário dar atenção especial aos anos escolares iniciais. Eles são decisivos para

moldar habilidades que constituirão a base para que outras possam ser desenvolvidas.

De acordo com a de lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os

municípios devem oferecer, gratuitamente, a educação infantil em creches ou entidades

equivalentes para crianças de até três anos de idade, e também em pré-escolas, para

crianças de quatro a cinco anos. Por oferecer pode-se supor não apenas criar e manter

unidades suficientes para atender a demanda de alunos, mas, também, garantir-lhes

padrão de qualidade.

Dada esta contextualização, é possível compreender o porquê das crianças e

jovens terem suas dificuldades criadas pelo próprio sistema de ensino e aqueles que já

possuem distúrbios de aprendizagem terem suas dificuldades ainda mais intensificadas,

afinal, as deficiências do processo de ensino-aprendizagem tem, na maioria das vezes,

implicado em mais conflitos e na evasão escolar.
 
3.2. A Escola
 
 
Os problemas da escola estão ligados às

deficiências gerais apresentadas no item anterior

no que diz respeito às questões gerais da

educação brasileira. Porém, no interior das

instituições de ensino estão presentes
 
determinadas adversidades que podem ser resolvidas localmente e serão discutidas a

seguir.

Um dos fatores que dificultam ainda mais o processo de ensino-aprendizagem e

recaem sobre as crianças é a prática que a maior parte das escolas possui em culpar os

pais, os professores, a comunidade e o governo pelo fracasso de seus alunos e nunca

assumirem, ao menos, parcela da culpa. Já foi dito, durante este curso, que a eficiência

da educação depende de uma relação de fatores e, sendo assim, certamente a escola não

deve estar isenta de suas responsabilidades.

A maior parte dos diretores acredita que os alunos são os que têm maior

responsabilidade quando não aprendem. Dessa forma, esses profissionais assumem a

tarefa de exercer seus papéis sem, no entanto, assumir o fracasso de seu trabalho. Os

diretores brasileiros não possuem os pré-requisitos que profissionais renomados e

pesquisadores colocam como sendo básicos para o desempenho da direção. Além de

uma experiência em gestão acadêmica, eles também deveriam manter o seu foco nas

salas de aula e traçar objetivos claros que sirvam de base para a atuação dos professores

e demais educadores existentes na instituição de ensino.

É claro que, se os cidadãos veem a escola como o local em que o conhecimento

acontece, os trabalhadores adquirem os subsídios de que precisam, e os valores éticos e

morais são incorporados pelos indivíduos, ela precisa ter uma boa gestão. Tal gestão

deve ser focada em uma integração entre o âmbito administrativo e pedagógico. A

separação entre essas áreas dá origem a um equívoco comum entre os diretores: o de

que o baixo desempenho dos alunos não está, de forma alguma, ligada à execução

ineficiente de seu trabalho.

Uma parcela considerável dos diretores não possui uma formação adequada,

como já dito anteriormente, e, muitas vezes, são egressos da carreira de professor ou,

ainda, alcançaram o cargo através da indicação de amigos ou familiares, sem ter

minimamente passado por um treinamento técnico.
 
 
Isso agrava as dificuldades que, normalmente, até mesmo os profissionais que

têm formação adequada e são eficientes encontram no

cotidiano escolar. A rotina de todo diretor é caracterizada

por uma série de atividades. Quando chegam à escola,

não conseguem seguir o planejamento que fizeram no dia

anterior em função das emergências que surgem por

todos os lados. Essas interrupções podem implicar em

coisas simples, como o telhado que está quebrado, um

professor que ficou doente e faltou, um aluno que se

acidentou ou um recurso tão esperado que não chegou.

Esses acontecimentos fazem com ele seja obrigado a reorganizar todo o seu plano de

trabalho, além de ter que resolver os problemas imediatos, como a prestação de contas,

estar presente em reuniões da Secretaria da Educação ou visitas a familiares dos alunos.

Em meio a essas atribulações, as questões primordiais acabam sendo deixadas de lado e

correm o risco até mesmo de serem esquecidas.

Além disso, existe uma grande quantidade de deveres burocráticos que são

responsabilidades dos diretores. Seu tempo acaba se restringindo ao cuidado com a

parte administrativa da escola que não pode ser deixada de lado e deve seguir prazos

como, por exemplo, a fiscalização de entrega de materiais pela Secretaria de Ensino. O

planejamento e a execução de um projeto pedagógico eficiente e capaz de trazer

mudanças benéficas para a instituição de ensino precisa de tempo para ser concluído,

sendo impedido diante das circunstâncias que acabaram de ser descritas. Nesse sentido,

a escola acaba reproduzindo somente a ideia de formar indivíduos produtivos, não

respeitando e, muito menos estimulando, as possibilidades e capacidades de cada um

dos alunos que não se adaptam, por diversos motivos, aos padrões impostos.

É de extrema importância evitar que as crianças sejam impossibilitadas de

aprender e se desenvolverem simplesmente por estarem fora dos padrões estabelecidos

para todos. Indivíduos com distúrbios terão seus problemas incompreendidos e

agravados por falta de atuação adequada. Disso resulta também a dificuldade em dizer

se uma criança realmente possui um distúrbio de aprendizagem ou simplesmente não

consegue se adaptar aos métodos de ensino a que está submetida. Alguém com falhas na
percepção visual, por exemplo, encontra maiores dificuldades em escrever com letra

cursiva (letra de mão), pois os intervalos entre as letras não existem, tornando mais

difícil ver os contornos das mesmas. Os métodos que não funcionam com todos os

alunos fazem com que crianças com distúrbios fracassem com mais frequência e

acabem marginalizadas.

Existem, ainda, outros aspectos além das capacidades e possibilidades dos

gestores escolares, que estão relacionados aos elementos estruturais, como, por

exemplo, o espaço da escola, a qualidade dos materiais didáticos, a incidência de

violência no interior desses ambientes, entre muitos outros. Fica realmente complicado

imaginar que esse cenário do ensino brasileiro, sendo incapaz de lidar com as suas

necessidades básicas, poderia dedicar um tempo especial para criar formas eficazes para

o processo de ensino-aprendizagem daqueles que possuem os distúrbios tratados

durante este curso. Mais uma vez, eles ficam em segundo plano e essas dificuldades são

agravadas com o passar do tempo.

A seguir estão listados alguns elementos característicos, principalmente das

escolas da rede pública de ensino, que constituem agravantes para todas as crianças e,

mais especificamente, para as que lidam diariamente com os distúrbios de

aprendizagem:
Na Primeira Infância:
A quantidade de crianças matriculadas na pré-escola não é adequada ao espaço



existente;
A quantidade de educadores é insuficiente diante do número de alunos;

As escolas não possuem espaços adequados para crianças pequenas, como salas para


dormir e espaços específicos de recreação;
A limpeza da cozinha e demais setores pode não ser realizada adequadamente;
No Ensino Fundamental e Médio:

Não existem salas de aula adequadas para todos os tipos de pessoas;

Ausência de profissionais qualificados, como psicólogos, que sejam capazes de




ajudar os alunos fora do ensino regular;

Raramente existem adaptações no espaço físico, como rampas e banheiros




adequados para deficientes físicos ou alunos com dificuldades motoras;


Quanto aos materiais didáticos, não é necessário uma grande quantidade de

recursos para torná-los melhores. Salas de aula normais, com materiais para crianças

que não conseguem seguir o mesmo ritmo de aprendizado dos demais alunos, ou, ainda

a formação de duas ou três salas de aula na escola e materiais específicos para tais

crianças poderiam resolver grande parte dos problemas.
3.3. Os Professores
Como pode ser percebido, esta unidade abordou o aspecto global da educação,

passando depois para problemas mais estruturais localizados no interior das escolas.

Neste momento, será discutido o cenário que envolve os professores e demais

educadores que, embora também sejam vítimas das deficiências da educação, são

causadores da intensificação dos distúrbios de aprendizagem em um grande número de

crianças.

O processo deficiente de educação, pelo qual passa a maior parte das pessoas,

acaba por formar profissionais também deficientes em suas capacidades. Assim, cria-se

um círculo vicioso em que jovens mal formados iniciam uma carreira que requer

determinadas vivências e compreensões, o que resulta em uma atuação que também fará

com que as crianças saiam da educação básica igualmente mal formadas.
Muitos dos alunos que cursam o ensino

fundamental na rede pública de ensino apresentam

grandes dificuldades em aprender a ler e escrever

por não terem esse domínio. A má formação dos

educadores faz com que eles não sejam capazes de

saber minimamente quais as características que

podem ser indicadoras de distúrbios de

aprendizagem em seus alunos. Eles não possuem

conhecimentos suficientes nem para ter uma ideia sobre o problema da criança e, muito

menos, para fornecer orientações úteis para que os pais possam procurar ajuda de

especialistas capazes de dar um diagnóstico preciso.

O papel dos professores diante da posição que ocupam é fundamental, fazendose

necessário que eles tenham conhecimentos não apenas acerca de conteúdos teóricos

básicos, mas, também, que saibam lidar com a heterogeneidade de alunos com que têm

contato diário, sendo capazes de identificar as suas qualidades e dificuldades,

adequando a melhor forma de se trabalhar com elas.

Além dessa má formação do professorado originar uma didática ineficiente que

não permite que as crianças construam um conhecimento real, esses profissionais,

apesar da importância do papel que desempenham para toda a sociedade, já que são

formadores de opiniões e atitudes, são desvalorizados socialmente. Eles também são

vítimas de um sistema cheio de falhas e vivem em más condições, tendo que executar a

sua função recebendo péssimos salários, sem poder contar com qualquer auxílio para

renovar e multiplicarem seus conhecimentos, além de trabalharem em ambientes sem

estrutura alguma no que se refere a recursos, materiais didáticos e outros elementos que

constituem o processo de ensino-aprendizagem.
A Família
Não é preciso dizer que o núcleo familiar constitui

também uma estrutura fundamental para o desenvolvimento de

toda e qualquer criança. Porém, sabe-se que a família

brasileira encontra diversos tipos de problemas em seu

interior. Os conflitos familiares podem ser causadores de

dificuldades de aprendizagem nas crianças que não as

possuem e, intensificar, os problemas que os alunos com

distúrbios já enfrentam.

Existem diferentes tipos de famílias. Algumas delas são mais presentes na vida

das crianças, enquanto outras não se importam muito com o que elas fazem ou deixam

de fazer. No entanto, essas diferenças podem auxiliar ou dificultar, de forma intensa,

não apenas aspectos comportamentais na vida das crianças, mas também a sua vivência

escolar. Abaixo, está um quadro que diferencia características possíveis de serem

encontradas em filhos de pais ausentes e presentes:
Pais Presentes
Criança mais educada
Criança carinhosa
Criança com bom rendimento escolar
Criança prestativa com o próximo
Prazer na leitura e na aprendizagem

Pais ausentes
Criança mais rebeldeCriança sentimental/carente
Criança que não consegue ter um bom
rendimento na escola

Criança que não se importa muito com

o próximo
Pensar apenas em brincar e atividades

que não exijam grandes esforços e

concentração.
 
A ajuda dos pais ou demais responsáveis no processo de ensino-aprendizagem

das crianças é, portanto, outro elemento diferenciador capaz de levá-las ao sucesso

escolar, sendo válido para tanto para as crianças que possuem capacidades normais de
aprendizagem quanto para aquelas detentoras de determinado distúrbio.

Muitos aspectos estão ligados a essa relação entre família, aprendizagem e

sucesso escolar, todos tendo uma influência no conjunto. A escolaridade dos pais é um

deles. Como se sabe, a porcentagem de brasileiros com formação superior é muito

restrita frente à população total. Isso acaba por reproduzir este quadro, afinal, é muito

mais fácil que pais que saibam da importância do conhecimento e da escolaridade,

porque passaram por ela, se empenhem em incentivar e ajudar os seus filhos nesse

processo do que pais, que, possuindo um nível baixo de escolaridade, têm menos

chances de darem o suporte necessário às suas crianças. Os primeiros, ao terem passado

por processos parecidos na vida escolar e acadêmica, procuram ler com seus filhos,

incentivá-los a buscar o sucesso escolar e lhes mostrar a importância do mesmo, bem

como têm mais probabilidades de reconhecer um distúrbio de aprendizagem quando ele

se manifesta e, consequentemente, procurarem a ajuda de especialistas. Já os segundos,

não tendo passado por tantas experiências escolares, podem não atribuir a elas a devida

importância e, dessa forma, refletir isso em seus filhos.

Existe, entre os responsáveis, uma carência de informações sobre o que

realmente acontece na vida de suas crianças, além de existir, também, uma defasagem

de informações sobre o que constituem os distúrbios de aprendizagem. Quando eles se

manifestam, pais caracterizados dessa forma se sentem, ao menos parcialmente,

culpados pela condição das crianças. Alguns chegam até mesmo a entrar em pânico.

Essas reações imobilizam os responsáveis e privam a criança da ajuda que precisa.

Existem mais alguns aspectos possíveis de serem encontrados nos núcleos

familiares que também são grandes causadores ou intensificadores das dificuldades de

aprendizagem. Veja abaixo uma parte deles:
Famílias desorganizadas que permitem um excesso de atividades extraescolares



na vida das crianças, como muito tempo na frente de computadores, vídeosgame,

televisão e, consequentemente, a ausência de uma rotina de estudos;
Pais com problemas como, por exemplo, o alcoolismo;
Pais demasiadamente exigentes projetam, em seus filhos, problemas emocionais



graves;
A superproteção característica de certos responsáveis pode criar crianças



dependentes e incapazes de solucionar problemas sozinhas;
Filhos de pais separados também encontram maiores chances de desenvolver ou



intensificar as dificuldades de aprendizagem. Essas crianças demonstram uma

grande necessidade de serem compreendidas.

Existem, ainda, as dificuldades

causadas por substâncias químicas a que os

responsáveis, tendo maior contato com as

crianças, precisam estar atentos. Medicações

como antialérgicos ou astiasmáticos causam sonolência e interferem na

aprendizagem, assim como drogas, tais o álcool em adolescentes, também têm

grandes influências na sala de aula.
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