domingo, 5 de janeiro de 2014

DISLEXIA

A dislexia tem sido o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Ela reflete

na dificuldade de aprendizagem na

qual a capacidade de uma criança

para ler ou escrever está abaixo do

seu nível de inteligência. A mesma

pode ser caracterizada como uma

insuficiência para assimilar os

símbolos gráficos da linguagem. Sua

origem é congênita (nata) e

hereditária, e seus sintomas podem

ser identificados logo na pré-escola em crianças que demoram para começar a falar ou

trocam os sons das letras e têm dificuldades para aprender a ler e escrever.
Ela pode ser chamada de “a mãe dos transtornos de aprendizagem” porque foi a

partir da identificação deste problema que se iniciou uma busca pelo conhecimento de

todos os outros tipos de distúrbios existentes. Com o passar do tempo, surgiu a

necessidade de estabelecer as diferenças entre os problemas na aprendizagem e, a partir

de então, eles começaram a ser subdivididos e classificados. A dislexia também foi

conhecida durante um grande período como “cegueira verbal congênita” devido às

dificuldades para ler e escrever em pessoas que possuíam visão normal.

Esse distúrbio se dá em crianças com audição, visão e inteligência normais, que

vivem em ambientes familiares saudáveis e possuem condições econômicas adequadas.

Assim, em casos de dislexia, as causas não podem ser atribuídas a questões emocionais,

culturais ou instrucionais. Embora esses fatores tenham uma influência no desempenho

de pessoas disléxicas, eles não são determinantes.
Nos indivíduos que não possuem dislexia, a área esquerda do cérebro é a

responsável pela percepção e pela linguagem, subdividida em três partes: uma que

processa fonemas, outra que analisa as palavras e a última que reconhece as palavras.

Essas três partes trabalham em conjunto e dão capacidade para que os indivíduos
aprendam a ler e escrever. As crianças conseguem realizar essa tarefa apenas quando

reconhecem e processam fonemas, memorizando as letras e seus sons. Com o tempo e o

desenvolvimento da criança na leitura e na escrita, sua memória permanente começa a

ser construída, o que faz com que ela reconheça as palavras com mais agilidade e sem

grande esforço.
As crianças disléxicas possuem falhas nas conexões cerebrais. Elas podem

contar apenas com a região do cérebro responsável por processar fonemas e sílabas,

enquanto a área responsável pela análise de palavras não exerce a sua função. Suas

ligações cerebrais não incluem a área responsável pela identificação de palavras e,

portanto, a criança não consegue reconhecer palavras que já tenha lido ou estudado. A

leitura se torna um grande esforço para ela, pois toda palavra que ela lê aparenta ser

nova e desconhecida. Para simplificar, pode-se dizer que a dislexia é causada por

alterações nas áreas do cérebro responsáveis pelos sons da linguagem e do sistema que

transforma o som em escrita.

 
Esse distúrbio é confundido, frequentemente, com outros problemas de

adaptação escolar, como os atrasos de

desenvolvimento e a deficiência mental ligeira,

afinal, a criança disléxica tem dificuldades em

compreender o que está escrito e de escrever


o

que está pensando. Quando tenta expressar-se

no papel, o faz de maneira incorreta e o leitor

não compreende as suas ideias. Abaixo, você

pode ver algumas das características mais encontradas por crianças que têm dislexia:
 
Fraco desenvolvimento da atenção;

Falta de capacidade para brincar com outras crianças;

Atraso no desenvolvimento da fala e escrita;

Atraso no desenvolvimento visual;
Falta de coordenação motora;

Dificuldade em aprender rimas/canções;

Falta de interesse em livros impressos;

Dificuldade em acompanhar histórias;

Dificuldade com a memória imediata e a organização em geral;


A pronúncia ou a soletração de palavras monossilábicas é uma dificuldade

evidente;
 
Inversão de palavras de maneira parcial ou total. Exemplo: A palavra “casa”



é lida como “saca”;
 
Inversão das letras e números. Exemplo: “p” por “b”; “3 por “5”;

Alteração na ortografia em função de alterações no processo auditivo;

Cometem erros na separação das palavras;

Dificuldades em distinguir esquerda e direita;


Alteração na sequência das letras que formam as sílabas e palavras;

Dificuldades na matemática;

Pobreza de vocabulário;

Escassez de conhecimentos prévios (memória de longo prazo);

Falhas na elaboração de orações complexas e na redação espontânea;

Copiam as palavras de forma errada, mesmo observando na lousa como são



escritas.

Além disso, os disléxicos também sofrem com a falta de rapidez ao ler. Sua

leitura é sem ritmo e, muitas vezes e com muito sacrifício, decodificam as palavras, mas

não conseguem compreendê-las.

As características colocadas acima não são suficientes para se fechar um

diagnóstico a respeito da dislexia, afinal, existem outros distúrbios de aprendizagem que

também possuem elementos parecidos. No entanto, elas podem ser usadas como um

ponto a partir do qual se é levado a procurar a ajuda de profissionais especializados e

buscar formas de superação.

A dislexia é responsável por altos índices de repetência e abandono escolar. A

ausência de conhecimentos dos professores contribui para uma evasão escolar e o

agravamento dos problemas enfrentados pelas crianças. Essas são incompreendidas em

seu fracasso e não valorizadas em suas tentativas vãs para superar suas dificuldades,

desenvolvendo uma imagem negativa sobre si mesmas. A escola se torna um ambiente

que causa ansiedade e as exigências dos pais e professores acabam se revertendo em

comportamentos agressivos, inibições e outros.

As crianças disléxicas precisam olhar e ouvir atentamente, prestar atenção aos

movimentos da mão enquanto escrevem e da boca quando

falam para, assim, associar os fonemas aos seus sons e à

sua escrita. É recomendada a montagem de “manuais” de

alfabetização apropriada para pessoas com essas

dificuldades. Além disso, o sucesso escolar de um disléxico

está baseado em uma terapia multisensorial (uso de todos

os sentidos), sempre combinando atividades que motivem o

uso da visão, da audição e do tato para ajudá-lo a ler e
soletrar corretamente as palavras. Abaixo, estão colocadas algumas atitudes que podem

ajudar essas pessoas no processo de aprendizagem:
Usar folhas quadriculadas para matemática;

Usar letras com várias texturas;

Usar máscara para leitura de texto;

Evitar dizer que a criança é lenta, preguiçosa ou compará-la aos outros alunos da


classe;
Não forçar a criança a ler em voz alta em classe a menos que demonstre desejo



em fazê-lo;
 
Suas habilidades devem ser julgadas mais em suas respostas orais do que nas



escritas;
 
Sempre que possível, a criança deve ser encorajada a repetir o que foi lhe dito



para fazer, incluindo mensagens. Sua própria voz é de muita ajuda para melhorar

a memória;
 
Revisões devem ser frequentes e são importantes;

Copiar do quadro é sempre um problema. Tente evitar isso ou dê-lhe mais



tempo para fazê-lo;
 
Demonstre paciência, compreensão e amizade durante todo o tempo,



principalmente quando você estiver ensinando a alunos que possam ser

considerados disléxicos;
 
Ensine-a, quando for ler palavras longas, a separá-las com uma linha a lápis;

Dê-lhes menos dever de casa e avalie a necessidade e aproveitamento desta



tarefa;
Não risque de vermelho seus erros ou coloque lembretes como “você precisa



estudar mais para melhorar;
Procure não dar suas notas em voz alta para toda classe. Isso a humilha e a faz



infeliz;
Não a force a modificar sua escrita. Ela sempre acha sua letra horrível e não



gosta de vê-la no papel. A modulação da caligrafia é um processo longo;
Use sempre uma linguagem clara e simples nas avaliações orais e,



principalmente, nas escritas;
Uma língua estrangeira é muito difícil para elas. Faça suas avaliações sempre



em termos de trabalhos e pesquisas;

Além do apoio da escola, as crianças precisam receber apoio em casa. Os pais e

demais responsáveis devem ajudar a melhorar sua autoestima, oferecendo carinho,

sendo compreensivos e elogiando a cada acerto alcançado e encorajando a realização de

tarefas em que se saiam bem e que podem ser estimulantes. As crianças também devem

ser ajudadas em seus trabalhos escolares e não se pode permitir que seus problemas

escolares impliquem em mau comportamento ou falta de limites.

Para diagnosticar corretamente a dislexia, deve-se procurar a ajuda de

profissionais como fonoaudiólogos, psicólogos, neurologistas e psicopedagogos. Não

se espera encontrar todas as dificuldades numa única criança disléxica, mas a presença

de pelo menos uma delas, associada às dificuldades de ler, pode fazer supor a existência

de um quadro de dislexia. Os problemas podem ser avaliados através de um

acompanhamento adequado e direcionado às condições de cada caso.
Faz-se necessário adequar métodos e materiais que atendam o desenvolvimento

da criança, bem como o acompanhamento e a observação para que se conheçam as

particularidades de cada um, considerando o seu tempo e a sua construção de saberes.

Para finalizar, é importante que se fale sobre o “dom da dislexia”. Quando um

dislexo domina alguma coisa, ele a aprendeu tão bem que pode fazê-lo sem pensar sobre

o que está fazendo. Dominar algo é realmente aprender algo. Se o processo de

aprendizagem é o mesmo, então quando alguém dominou alguma coisa, esta pessoa

criou conhecimento necessário para realizar aquela atividade.

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