A qualidade de vida das pessoas é considerada uma questão de saúde pública,
pois se entende por saúde “o estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não
apenas a ausência de doença”.
A questão prevenção também é considerada questão de saúde, pois se não
houver boa qualidade de vida, não há equilíbrio e se não houver equilíbrio, não há
saúde.
Para Codo, o suporte psicológico deveria ser uma das principais bandeiras dos
que lutam em favor das boas condições de trabalho para os professores. A falta de apoio
e infraestrutura das escolas e a realidade das salas de aula, fazem com que muitos
profissionais apenas ocupem espaço como professores, ou seja, não se envolvem com o
trabalho docente de uma forma mais profunda, preparando as aulas, se envolvendo com
seus alunos. Por outro lado existem os que de fato estão na profissão, esses se envolvem
excessivamente gastam horas e horas planejando suas aulas, pensando em uma melhor
maneira de aplicar o conteúdo resultando no comprometimento de sua qualidade de
vida, e esse problema se reflete nas salas de aula.
A qualidade de vida é apontada como um dos grandes motivadores do
desempenho humano no trabalho. Quando se trabalha com um público grande, como é o
caso dos professores, a questão deve ser mais bem discutida, pois estes profissionais
contribuem para a formação e a transformação da sociedade.
Para que o professor consiga desempenhar bem esse papel é preciso que se sinta
psicologicamente bem e satisfeito. Infelizmente, ainda falta muito para que os
professores se sintam completamente satisfeitos com a profissão, por conta das
péssimas condições de trabalho.
Mas é muito bom lembrar o que deixa os educadores de um modo geral
insatisfeitos, não é o ofício em si e sim a falta de condições para que esse trabalho seja
feito de maneira adequada.
O professor precisa, por conta própria, buscar saídas para o seu bem-estar e
qualidade de vida, trabalhando com um número menor de turmas – por mais que seja
impossível conquistar estabilidade financeira, trabalhando de quinze a vinte horas por
semana – para que possa ter tempo para si mesmo e adotar práticas para o seu bemestar,
como a prática de exercícios físicos, aulas de artes visuais, música etc.
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