segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Violência na Escola

A violência nas escolas é o fato
que mais preocupa os docentes e é um
dos maiores causadores de doenças
emocionais nos educadores. Distúrbios
de ansiedade, como depressão, síndrome
do pânico, transtorno de estresse póstraumático
etc., são algumas das doenças
desencadeadas pelos episódios de
violência nas escolas.
Infelizmente, as notícias não são animadoras, dados da pesquisa realizada pela
UDEMO – Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de
São Paulo –, referente a 2009, realizada no estado de São Paulo (Capital, Grande São
Paulo, Interior e Litoral) mostram um número de 88% de casos de desacato a
professores.As pesquisas realizadas pela udemo, que também analisam dados de violência
com relação a bens materiais das escolas, atestam que o problema da violência nas
escolas é tão grande quanto a violência que ocorre fora dela, portanto são necessárias
ações consistentes para coibi-la. “Trata-se de um problema complexo que não admite
respostas simples e soluções simplistas”.
Como podemos ver, os índices da violência aumentam a cada ano. Antes de
continuarmos a falar sobre a violência nas escolas, convém enumerar uma série de
definições de violência, desde a clássica de dicionários até de estudiosos do tema.
Afinal, o que é violência?
Segundo o dicionário Michaelis:
“sf (lat violentia) 1 Qualidade de violento. 2 Qualidade do
que atua com força ou grande impulso; força, ímpeto,
impetuosidade. 3 Ação violenta. 4 Opressão, tirania. 5
Intensidade. 6 Veemência. 7 Irascibilidade. 8 Qualquer força
empregada contra a vontade, liberdade ou resistência de
pessoa ou coisa. 9 Dir Constrangimento, físico ou moral,
exercido sobre alguma pessoa para obrigá-la a submeter-se à
vontade de outrem; coação. Antôn (acepção 7): brandura,
doçura.” (MICHAELIS:2009)
Porém o termo é muito mais amplo.
Violência – definições
Há uma grande ligação entre a violência social e a violência na escola, uma
sempre é reflexo da outra, essa violência social pode se desenvolver de várias
maneiras:
Violência verbal: Ofensas e xingamentos verbais entre pais e filhos, alunos e
professores etc.
Violência física: Brigas entre gangues, por motivo de drogas e rixas além de
agressões vindas da própria família.
Para Yves Michaud (1989), a violência introduz o desregramento e o caos num
mundo estável e regular, ou seja, ele não classifica a violência nem como boa nem
como má: é uma força que não tem limites, fugiu do controle.
“(...) há violência quando, numa situação de interação, um ou
vários atores agem de maneira direta ou indireta, maciça ou
esparsa, causando danos a uma ou várias pessoas, seja em sua
integridade física, seja em sua integridade moral, em suas
posses, ou em suas participações simbólicas e culturais.”
(1989, p.13)
Nesta definição a violência não é vista do ponto de vista do dano físico à
pessoa, mas sim do dano psicológico e moral.
É o que é muito visto nas escolas, nos exemplos de bullying entre os próprios
alunos e também no caso de agressões contra professores.
A violência psicológica que sofrem os professores está entre as causas que
mais os adoenta. Ela se manifesta de várias formas:
Violência Institucional: Ocorre dentro das instituições, sobretudo por meio de
regras, normas de funcionamento e relações burocráticas e políticas que reproduzem
estruturas sociais injustas. A fragilidade de recursos materiais, físicos e humanos,
existentes em muitas escolas e a precária qualidade do ensino público oferecido à
população.
Violência Comportamental: A que ocorre na sala de aula, na relação que o aluno tem
com os professores. Não há motivos concretos para que esta indisciplina ocorra.
Muitos alunos veem os professores como inimigos, agindo de maneira a provocá-los.
O professor não consegue impor limites simplesmente porque os alunos não têm
referência de limites.
Violência Verbal: Também ocorre dentro da sala de aula, porém pode se manifestar
fora dos muros da escola. O aluno cria uma relação de guerra contra o professor,
qualquer ato disciplinador do professor é visto como perseguição. Como reação a isso
o aluno profere ameaças aos professores e, muitas vezes, a violência verbal torna-se
violência física.

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