segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

SAÚDE EMOCIONAL DO EDUCADOR: Síndrome do Pânico

Síndrome do Pânico também é um
transtorno de ansiedade que, muitas vezes,
tem origem dos quadros frequentes de
estresse. Grande parte das pessoas que
sofrem de síndrome do pânico são pessoas
extremamente perfeccionistas, exigentes, em
idade profissional produtiva (20 - 40 anos), e
que ocupam grande parte do seu tempo com
responsabilidade e afazeres assumidos de
maneira consciente.
Esse quadro exagerado de
perfeccionismo, até mesmo com atividades
corriqueiras, faz com que essas pessoas desenvolvam níveis de estresse muito altos.
Tal preocupação excessiva faz com que o cérebro desencadeie processos
bioquímicos que resultam em um desequilíbrio e isso desenvolve o pânico.
A rotina do professor é completamente vulnerável a esse tipo de transtorno. A
profissão exige dedicação extrema, responsabilidade, perfeição, os professores
sofrem com a pressão dos prazos a serem cumpridos, a obrigatoriedade de fazer com
que a sala permaneça em disciplina, obrigatoriedade de resultados. Com tantas
cobranças, o próprio profissional também se cobra e preocupação excessiva traz
como consequência, a síndrome do pânico.
Geralmente, quem desenvolve esse tipo de doença, não admite que seja
portador devido a esse excesso de responsabilidade e perfeccionismo que não o faz
enxergar que há um problema que precisa ser resolvido.
Abaixo listamos alguns traços de pessoas que podem desenvolver a síndrome
do pânico.
 Tendência à preocupação excessiva;
 Necessidade de estar no controle da situação;
 Expectativas altas;
 Pensamento relativamente rígido (dificuldade em aceitar mudanças de
opinião);
 Reprimem sentimentos pessoais negativos (não sabemos o que estão
sentindo);
 Julgam-se perfeitamente controladas (duvidam tenham problemas
emocionais);
 São extremamente produtivas (não relaxam, sempre estão fazendo algo);
 Assumem grandes responsabilidades (ocupacionais e familiares);
 Perfeccionistas;
 São exigentes consigo mesmas (consequentemente, com os outros também);
 Não aceitam bem os erros ou imprevistos.
A maioria dos portadores de síndrome do pânico são pessoas extrovertidas,
alegres, produtivas, corajosas e sem precedentes de problemas emocionais.
Geralmente não se classificam como emotivos ou depressivos, entretanto essa
dissimulação pode trazer sérios estragos. A pessoa sufoca suas emoções, mas há um
limite, quando esse limite é alcançado, acontece o ataque de pânico. Esses ataques
demonstram características físicas, portanto a gravidade faz com que a pessoa
termine por ter que procurar um pronto socorro.
Quando ocorre o primeiro ataque de pânico, isso passa a ser recorrente, ou
seja, os ataques de ansiedade aguda vão acontecer sempre. Essas crises têm uma
duração curta e tendem a acontecer inesperadamente. Manifestam-se por meio de
ansiedade aguda; medo de algo muito ruim aconteça, como morte iminente, passar
mal, desmaiar; acompanhado de três ou mais sintomas dos 13 que listamos abaixo:
1 - Palpitações
2 - Sudorese
3 - Tremores ou abalos
4 - Sensações de falta de ar ou sufocamento
5 - Sensações de asfixia
6 - Dores ou desconforto no tórax
7 - Náuseas ou desconforto abdominal
8 - Tonturas ou vertigem
9 - Sensação de não ser ela(e) mesma(o)
10 - Medo de perder o controle ou de enlouquecer
11 - Medo de morrer
12 - Formigamentos
13 - Calafrios ou ondas de calor.
Uma vez que o ataque de pânico acontece, a pessoa fica vulnerável a outros
episódios e com isso, desenvolvem um medo constante de que eles voltem a
acontecer, é o famoso “medo de ter medo”. Diante disso, os portadores desse
transtorno deixam de realizar ações comuns em sua rotina: deixam de dirigir, não
entram em supermercados cheios, não andam sozinhos pela rua, não conseguem
dormir, não frequentam shows, não usam elevadores, evitam grandes alturas e no
caso dos professores, se afastam da sala de aula.
O tratamento é bastante complicado, pois os portadores, geralmente, reagem
mal quando os médicos tentam minimizar o problema. Tendem a achar que as
pessoas estão menosprezando os sintomas que para os doentes são tão graves.
Diante disso, o que deve ser feito ao perceber os sintomas ou a incidência de
crises é procurar um médico para que um tratamento seja feito.
Tratamento
O tratamento é feito por meio de medicamentos via oral para inibir as causas
e os ataques de pânico. A partir disso são feitas outras abordagens psicológicas,
como terapias. É importante que o paciente tenha total consciência do que está
acontecendo com ele (fases do tratamento, evolução da doença, efeito colateral dos
medicamentos, possibilidade de haver necessidade do uso contínuo do medicamento,
etc.) para que não se sinta frustrado com a demora do tratamento.

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